DISCO DE VINIL
DISCO DE VINIL – A origem do trabalho do DJ está intimamente ligado ao surgimento do disco de vinil, hoje artigo já considerado relíquia colecionável. Foi o vinil, também conhecido como bolachão, que permitiu a ascendência da profissão de DJ. Esse casamento foi possível com o aparecimento das discotecas no início dos anos 70, quando os DJ ultrapassaram o espaço das rádios, onde costumavam atuar, para dominar as pistas de dança.
Até os anos 90, os DJs utilizavam apenas disco de vinil nas suas apresentações. Nesta época, já existiam os CDs, mas com eles não era possível fazer o sincronismo da música que iria entrar com a que estava em execução, ou seja, o ajuste do pitch para posterior mixagem.
Ao contrário, o bolachão sempre possibilitou ao DJ alterar em um ou dois por cento a velocidade, permitindo que o compasso das músicas ficasse sincronizado. Assim, o público não perceberia que uma faixa está acabando e outra está iniciando, pois ambas estão no mesmo ritmo, métrica e velocidade.
O disco de vinil recebeu este nome quando foi inventado, na década de 50, porque o material plástico utilizado para sua produção se chama vinil – um material plástico, geralmente cloreto de polivinila, também conhecido por PVC. Normalmente de cor preta, o vinil registra informações de áudio através dos seus micro-sulcos que se estendem da borda externa até o centro no sentido horário. As informações são reproduzidas quando a agulha do toca-discos é conduzida sobre essas ranhuras.
Existem o LP, EP, Single e Máxi. Todos são tipos de vinil, cada um com suas especificações. O mais comum é o LP, abreviatura de Long Play, pois comporta cerca de 20 minutos por lado. O formato LP é utilizado para a comercialização de álbuns completos. O EP – Extended Play tem capacidade de oito minutos por lado, contem em torno de quatro faixas. Já o Single ou compacto simples é usado para a difusão da música de trabalho de um álbum completo a ser posteriormente lançado e conta apenas com quatro minutos. O Máxi, menos comum, possui 12 minutos por lado.
A gravação de um vinil é analógica, sendo essa característica possivelmente a mais importante na preferência de muitos DJ, que ainda hoje optam pelos bolachões. Ao contrário das gravações digitais, especialistas afirmam que as gravações analógicas não cortam as frequências sonoras mais altas e baixas, nem elimina harmônicos, ecos, naturalidade e espacialidade do som.
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2 comentários
Dj Sandro Costa
Enviado em
07/04/13
Só um detalhe, com um toca-discos profissional technics, é possivel alterar a velocidade em até 6% pra mais ou menos de velocidade, antigamente, quando não existia o "Pitch" para que essa velocidade fosse possível de ser alterada, a variação de velocidade era alterada com os "dedos" empurrando o disco, ou segurando o prato para desacelerar o BPM (Batidas por minuto)
Dj Sandro Costa Reply:
abril 7th, 2013 at 21:08
Vai ressaltar que a variação de velocidade durante a mixagem, não deve passar de 3,3% para mais ou para menos…