BALADAS ELETRÔNICAS CATÓLICAS – CRISTOTECAS, BALADAS SANTAS
BALADAS ELETRÔNICAS CATÓLICAS – Depois que a música eletrônica caiu no gosto dos evangélicos, eis que seguindo a tendência é a vez da igreja católica abrir as suas portas para o gênero musical.
A necessidade de reconquistar os fiéis deve estar grande, pois essa novidade está deixando muita gente de cabelo em pé, que nunca imaginava a realização de baladas eletrônicas em eventos católicos.
No entanto, as baladas gospel não parecem assim não diferentes para fiéis de algumas cidades dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, que já estão acostumados com os eventos batizados como “cristotecas” ou “baladas santas”, pois são cada vez mais comuns. A ideia é misturar as batidas eletrônicasda electrohousecom a catequese para atrair os jovens da periferia, tornando o momento mais do que propício para a evangelização.
Além disso, esse tipo de balada é uma forma de manter os jovens longe das “tentações”. Em entrevista à Agência EFE, o DJ Vitor Sales, um dos responsáveis pelas baladas, afirmou que a igreja tem ciência do poder da música. “A gente sabe que a música tem um poder muito grande de entrar no coração e quando essa música tem como objetivo anunciar uma boa notícia, que é a palavra de Deus, não temos dúvida de que será eficaz na vida do jovem”, explica.
O DJ foi entrevistado durante uma balada eletrônica católica que foi realizada no salão da Igreja de Santa Bárbara, no Vigário Geral, no estado carioca. É comum que, ao subir ao palco, o DJ faça um pequeno ritual, como rezar e se benzer, sempre acompanhado da Bíblia em uma das mãos. Ao dar início à balada, ela profere, ao microfone, frases como: “A partir de agora o céu vai se abrir e o inferno vai tremer”.
O público dessas festas, em geral, é formado por adolescentes. Na festa que a Agência EFE acompanhou eram cerca de 100 jovens. Ao contrário das festas eletrônicas tradicionais e da mesma maneira como as evangélicas, não existe o consumo de bebidas alcoólicas. Por mais que muitas pessoas ainda não tenham conhecimento dessas festas, a verdade é que elas não são nada recentes, pois as primeiras surgiram em 2003.
No entanto, foi apenas em 2011 que as baladas eletrônicas católicas ganharam maiores proporções. Isso ocorreu inclusive graças aos DJs católicos que se reuniram para criar um grupo dentro do Governo Episcopal brasileiro. Atualmente, é quase 80 o número de DJs cadastrados para realizar as festas, sendo que metade deles está concentrada no Rio de Janeiro.