Entrevista Dj Regan
Um dos primeiros DJs da África do Sul que estourou internacionalmente, atua na cena eletrônica desde 1995 e é o difusor da cultura psicodélica em seu país organizando os maiores eventos open air, Cape Town Earthdance e Origin Festival, e administrando também um selo próprio – Nano Records. Este ano participou do renomado festival português, Boom Festival e pela primeira vez toca na Tribe apresentando seu estilo underground aos brasileiros, característica principal de sua gravadora.
1. Você é da África do Sul e produz 2 eventos em seu país, fale um pouco sobre eles.
Nós organizamos a Earthdance Cape Town e The Origin Festival. Earthdance é um evento incrível que acontece simultaneamente no mundo todo em centenas de países e em Cape Town é um dos maiores. O conceito principal deste evento é a PAZ e o aumento da consciência social, também arrecadamos dinheiro para instituições carentes. Nós colaboramos com muitos projetos nestes anos todos, a maioria são ONGs de crianças carentes, é sempre muito gratificante poder ajudar o próximo.
O Origin Festival é um evento de música psicodélica, arte e comportamento. Com dois palcos, um de psytrance e outro de techno, breaks e outras vertentes. Há também um cinema com filmes de práticas holísticas e iniciativas positivas para o futuro além de workshops e talk shows.
2. Quando e como você começou a tocar? Quais foram seus maiores desafios até agora, até chegar a um Boom Festival (Portugal), por exemplo, um dos maiores do mundo?
Eu faço música desde os 13 anos, eu era guitarrista e cresci tocando em bandas de Jazz e Rock, e me apresentava nos clubs e bares. Quando me formei no colégio já estava bem envolvido com a música eletrônica e me identificava com o techno e trance. Logo descobri que queria ser DJ, tinha 14 anos na época e as primeiras tracks de Goa estavam começando a se destacar e era o som que eu procurava naquele momento. O psy foi uma grande influência durante muito tempo pra mim. Ao iniciar carreira como DJ, logo comecei a organizar festas e colocar em prática meu sonho de ter um selo próprio e foi assim que as coisas foram acontecendo. Acredito que um dos maiores desafios foi o fato de eu morar na África do Sul e viajar o mundo para tocar. Mas eu gosto destas jornadas…
3. Você tem seu próprio selo, qual o casting da gravadora?
Hoje estamos com muitos lives no casting como: Tristan, Headroom, Dickster, Allaby, The Commercial Hippies, Laughing Buddha, Pogo, Aphid Moon, Chromatone (além de seu outro projeto Earthling), Strike Twice (Atomic Pulse & Echotek), Fearsome Engine (Tristan & Laughing Buddha), Avalon, AMD, Hopi, Hydrophonic e mais alguns que iremos anunciar em breve. Queremos expandir o ranking com produtores de qualidade.
4. Quais as características dos artistas, como você os escolhe?
É muito gratificante trabalhar com artistas que me inspiraram no passado e agora fazem parte do mesmo time. Além dos veteranos há muitos novos talentos que se destacam pela energia da juventude. Eu procuro por artistas que encarnam o que chamo de trance do bom! Há muito psytrance por aí mas nem todos embalam o público corretamente.
5. Você tocará na Tribe pela primeira vez, o que está esperando deste evento? Já ouviu falar da Tribe?
Claro que sim, quem nunca ouviu falar???!!! Muitos artistas de meu selo já tocaram na Tribe e só falaram bem do evento. Eu conheci os organizadores da Tribe quando estive no Brasil e também neste ano no Boom Festival EM Portugal. Quando os produtores da festa são legais a festa tem sempre uma boa vibe. Estou muito ansioso para tocar na Tribe, acho que todos gostarão do que estou preparando para minha apresentação.
6. Deixe uma mensagem aos brasileiros!
Eu amo o Brasil, é grandioso e roots ao mesmo tempo, é parecido com a África do Sul, portanto me sinto em casa no Brasil. É um lugar que eu e minha esposa consideramos possível de morarmos se, algum dia, decidíssemos mudar de país. Vocês têm um belo país com pessoas gentis e ótimas festas.
Via: Bruna Armani – No Limits