Entrevista 220V
Em 2008 a mistura do Hip Hop, Electro, Rock & Funk em suas produções psytrance lhe rendeu apresentações no México e Japão e o lançamento do primeiro álbum “Over Charged” pela gravadora inglesa Phantasm Records, selo de artistas como Eskimo, John Phantasm, Bliss. Victor vem desenvolvendo parcerias com projetos como Dynamic, Switch e Interactive e para 2009 muitas novidades vão pintar como um novo projeto de low bpm e visual effects e o lançamento do álbum do projeto em parceria com Dynamic, chamado Dynamic volts.
01. Muitas águas rolaram em 2008, viagens internacionais, lançamentos, parcerias, qual o balanço que você faz de sua carreira neste ano que passou? O que de fato foi importante para seu crescimento? Você se arrepende de algo que fez ou não fez em 2008?
R: Foi extremamente positivo, fiz muitas músicas que foram bastante tocadas nos dance floors do mundo todo e parcerias novas que somaram muito para o meu crescimento como produtor, as viagens, claro, foram muito boas, mas 2009 espero ir para algum lugar que ainda eu não tenha ido, como Austrália ou Alemanha por exemplo. Algo que eu não fiz e me arrependo é de não ter tocado em nenhum festival de vários dias, mas no carnaval de 2009 isso já será resolvido pelo SOULVISION, um festival em Altinópolis, SP.
02. Você tem influências do hip hop, electro, a cena eletrônica tem mudado bastante, artistas se reposicionando, reinventando seus estilos, enfim, como você define seu som hoje em dia? Para se diferenciar o que considera importante? O que acha desta mutação na cena eletrônica, onde muitos núcleos estão repensando suas escalas artísticas?
R: Sim, a cena mudou bastante, e em termos musicais mudou para melhor, acho muito importante essa "mistura" dos estilos, principalmente porque traz pra cena mais pessoas que talvez não se interessassem pela música eletrônica. O meu estilo hoje está bem dentro desse novo conceito de fundir as tendências, fica até difícil definir um nome, (são tantos rs) mas é uma mistura de rock, electro, house, hip hop e claro, bastante psytrance.
03. A parceria com Dynamic já tem quanto tempo? O que de fato os fez juntar-se para desenvolver as produções? Qual o estilo que produzem? E as novidades desta parceria para 2009?
R: Eu conheci os integrantes do Dynamic a 4 anos, pois estávamos em tour juntos, também com o Eskimo e com o antigo projeto dos dois, Dynamo, fizemos algumas tracks mas nada mais concreto. A cerca de 1 ano nos aproximamos por tocar novamente em festas juntos e como eles ficam hospedados aqui no Rio de Janeiro quando vêm ao Brasil, facilitou bastante para começarmos a produzir músicas em sequência.
Final de 2008 resolvemos criar o DYNAMIC VOLTZ (220v + Dynamic), que tem como característica uma batida levemente mais lenta e com basslines diferenciados, fugindo um pouco da característica psytrance. Para 2009 vamos lançar nosso primeiro álbum ainda sem gravadora e data definida.
04. Em 2008 você lançou o primeiro álbum, nos conte um pouco sobre este projeto.
R: Sim, o Over Charged foi resultado de um trabalho de 7 meses, e saiu pela gravadora Phantasm Records, que é um nome mundialmente conhecido por ter artistas como Eskimo no casting, e ter sido a primeira gravadora de psytrance a existir, e foi como um cartão de visita para o 220V, muita gente começou a conhecer a partir daí, e agora tenho certeza que a partir de agora irão conhecer muito mais.
06. Como você considera o psytrance atualmente? Quais pontos fortes e fracos desta vertente?
R: Pra mim o ponto forte é o amor que o público demonstra para com o estilo, e a qualidade e nível das festas, que muitas vezes são maiores e melhores que shows de bandas mundialmente conhecidas de rock, pop, etc, e às vezes até mais do que partidas de futebol. Não é brincadeira uma festa para cerca de 30 mil pessoas como a XXXPERIENCE Edição Especial.
E o ponto fraco, é sem dúvida o preconceito sem fundamento de algumas partes da sociedade, e até mesmo das autoridades, que algumas vezes justificam a sua falta de capacidade de cumprir seu dever, como sendo culpa direta da música, o que me parece um novo tipo de censura, isso acontece muito, mas já é assunto para outra entrevista, e bem grande por sinal rs.
07. Qual o evento que deseja muito se apresentar e por quê?
R: XXXPERIENCE Edição Especial, porque é o evento com mais qualidade, e conseqüentemente com maior quantidade de pessoas na cena psytrance, além de ser uma festa conhecida no mundo todo.
08. O que está preparando para a sua apresentação na comemoração dos 7 anos da Orbital?
R: Além das músicas que a galera sempre pede, vou tocar muitas novidades, e versões de músicas que nunca ouviram antes, além claro dos efeitos e instrumentos tocados "ao vivo". Espero que a galera curta bastante.
Por Orbital